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O que todos já sabem é que a China é uma das principais economias e a que mais cresce no mundo – expandiu 6,9% em 2017. Mas o que poucos sabem é que começou a perder força este ano, e os sinais de mais fraqueza estão se multiplicando.
Dados oficiais de julho mostraram desaceleração no investimento, produção de fábrica e vendas no varejo. A guerra comercial com os Estados Unidos também é uma preocupação, mas não a maior.
O conflito comercial EUA-China será um obstáculo à atividade, embora provavelmente pequeno. Em vez disso, espera-se que a economia enfraqueça principalmente devido aos ventos contrários domésticos causados ​​pelo crescimento mais lento do crédito.
Mas alguns especialistas acham que os temores da desaceleração foram exagerados. Especialistas apontam que alguns indicadores, como a demanda por petróleo e o mercado imobiliário, ainda são fortes.
O mercado de ações da China e sua moeda foram atingidos por investidores preocupados com a saúde da economia do país e o impacto da guerra comercial. Seu principal índice de ações, o Shanghai Composite, entrou em um mercado de baixa há três meses e agora está em queda de 23% em relação ao seu pico recente em janeiro.
A desaceleração da China ocorre quando Pequim tenta enfrentar a pesada carga de endividamento do país, um legado de seus enormes programas de estímulo na esteira da crise financeira global.
As maiores preocupações envolvem os níveis alarmantes de endividamento das empresas, especialmente as empresas estatais chinesas inchadas. O presidente Xi Jinping e outros altos funcionários pediram que o sistema financeiro chinês reduza os empréstimos mais arriscados, uma campanha muitas vezes referida como “desalavancagem”. As autoridades tentaram reprimir o vasto setor bancário paralelo da China, no qual as formas obscuras de empréstimos são mantidas fora dos balanços oficiais dos bancos.
Mas analistas temem que uma desaceleração nos empréstimos pesará sobre a economia. O maior obstáculo ao crescimento vem da campanha de desalavancagem. A China tem procurado formas de impulsionar a economia à medida que o crescimento diminui.
Pequim anunciou uma série de medidas, incluindo cortes de impostos, gastos com infraestrutura e novos empréstimos para empresas. O governo disse que os movimentos têm o objetivo de ajudar a China a lidar com “um ambiente externo incerto”.
O Banco do Povo da China injetou enormes quantias no sistema financeiro, fornecendo novos empréstimos e reduzindo a quantidade de depósitos que os credores comerciais são obrigados a manter. Mesmo que o crescimento econômico chinês diminua, Pequim ainda tem muitas alavancas políticas para amortecer a desaceleração. Mas o governo chinês insiste que não tem planos de gastar uma farra de gastos como aconteceu após a crise financeira.
E para contribuir, esse efeito borboleta vem prejudicando ainda mais o cenário do Brasil, que sensível a qualquer efeito externo, sente ainda mais com o agrave da crise política e eleições.

(Adaptado de CNN)

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