Quem atua com o mercado chinês pode ter observado a variação de preços das commodities e semi manufaturados nos últimos meses. Além disso, deve ter se deparado com as constantes intercessões do governo chinês nas indústrias nacionais. Outro fato que as pessoas devem ter percebido, é a migração de algumas indústrias para outros países como Vietnã, Malásia, Tailândia, Indonésia, além de outros países.
Mas o que isso tem a ver com o Brasil?
Situação 1: a variação de preços destes produtos no mercado altera fortemente o custo de diversos produtos no Brasil. Tomamos como exemplo o segmento da construção civil. Parte dos insumos utilizados neste segmento são importados (chapas, tubos, cabos). A alteração destes preços interfere diretamente no custo de uma obra e consequentemente no valor da sua construção.
Situação 2: com a intensificação do controle de preços chinês, a migração de mais indústrias para países menores e menos expressivos como os já citados, torna-se inevitável. Mão de obra mais barata e custos relativamente menores de produção farão com que o Brasil deixe de importar determinadas coisas da China, mas migre a compra para países menores. Aí deveria haver uma política integrada para restaurar determinadas indústrias brasileiras, suprindo a demanda nacional com produção nacional.
Situação 3: Com o alinhamento da APEC – Asia-Pacific Economic Cooperation, os países latinos membros da Cooperação podem se beneficiar, e por consequência, um estabelecimento de um acordo mais intenso pode tirar fatias de mercado do Brasil com estes países. São membros latinos: Chile, México e Peru. Todos com acordo com o Brasil e Mercosul.
Situação 4: Passou da hora do Brasil criar e ser protagonista de um acordo no Atlântico, visando atender com mais magnitude os anseios de toda a costa oeste africana, e por consequência, aumentando seu raio de atenção não somente para países com língua portuguesa, mas para toda a costa.
Cenários diversificados estão por vir. Novas frentes devem surgir. E o que fica de questão é como o Brasil estará inserido nestes novos contextos?
BRASIL PERDE ESPAÇO NA ECONOMIA MUNDIAL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS6 de novembro de 2017ÁSIA CONTINUA SENDO NOSSO MAIOR CLIENTE EM 201717 de novembro de 2017