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O país vizinho, a Argentina, por sua vez, perdeu uma posição histórica entre os três principais mercados de produtos brasileiros no exterior. A Holanda, uma porta de entrada na Europa e que vem comprando mais, principalmente, soja, petróleo e combustíveis, tirou da Argentina a terceira posição entre os destinos internacionais das exportações feitas pelo Brasil.

Do histórico das negociações
O parceiro sul-americano, agora em quarto lugar, não saía do top três nas rotas dos produtos brasileiros desde 2002. Na época, a Argentina, até então segundo maior comprador do Brasil, desceu para a sexta posição na esteira da maior moratória de sua história. Do lado de cá da fronteira, também estão entrando menos produtos argentinos, o que permitiu à China tirar do Brasil o posto de principal parceiro comercial da Argentina. A pandemia e o desalinhamento dos presidentes dos respectivos países contribuíram para que tal situação chegasse onde chegou.
Desde abril, quando o coronavírus passou a atingir mais fortemente as economias sul-americanas, as transações comerciais entre Argentina e China, na soma de exportações e importações, superam em mais de US$ 1 bilhão a corrente de comércio dos dois principais sócios do Mercosul. Por atingir em cheio a pauta comercial dos vizinhos continentais, mais concentrada em produtos manufaturados – em maior parte da indústria automobilística, a pandemia acentuou a perda de dinamismo no comércio bilateral que já vinha acontecendo há dois anos.

Dados
A Argentina corresponde a 3,7% de nosso mercado consumidor, 4º maior mercado. É o 5º pais que mais consumimos, com representação de 4,75%. O que mais exportamos aos vizinho são carros, 15%, principalmente depois que surgiu e foram melhorados os Acordos Automotivos. O que mais importamos dos Argentinos são veículos de grande porte, tal qual, caminhões, com 17%. Empatado com veículos está o trigo.  O pico da relação ocorreu em 2011, quando apenas em julho o Brasil exportou mais a Argentina do que em 1 semestre deste ano.

Perspectivas
Com os governos desalinhados (como já mencionamos aqui), já que tem como foco duas linhas de política diferentes, as perspectivas não são boas. Há tendência de piora no relacionamento bem como diminuição na corrente de comércio exterior entre os dois. Aliado a isso, há também uma tendência de crise de consumo em produtos manufaturados, na Argentina, consequência da pandemia. Um exemplo disso são os carros. Se isso se concretizar, ou melhor, se isso se manter, essa área de exportação brasileira para o país vizinho sofrerá e muito com a perda de mercado.

Créditos da foto: Veja
Retirado e baseado de Estadão.

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