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Todo cenário de caos, guerras e pandemias trazem algo de bom quando acaba: a melhoria das práticas anteriores e a criação de ferramentas e instituições que inibam um possível retorno do acontecimento. É sobre isso que vamos tratar aqui.

11 de setembro e as medidas de segurança
A fatídica data de 11 de setembro de 2001 se tornou um marco no aspecto de segurança aduaneira. Autoridades e o mercado da aviação viram escancaradas as fragilidades do sistema de segurança no setor e propuseram mudanças imediatas, que perduram até hoje, já parte do cotidiano de quem frequenta aeroportos.
Logo no ano seguinte já era publicada uma Lei Antiterrorismo em vários países mundiais, seguindo uma referência norte-americana. Houve uma brutal mudança no sistema de controle de entrada e saída de pessoas nos aeroportos (voos domésticos e internacionais) bem como nas fronteiras e portos.
A logística marítima mesmo, com o advento, passou a adotar declarações de conteúdo de mercadorias prévias a chegada da carga no Brasil. Em caso de suspeita, a embarcação pode ser atracada no meio do oceano para vistoria. No Brasil esse sistema ficou conhecido como Siscarga.
Todas essas ações fazem parte de um Código Internacional de Segurança, chamado ISPS Code. Além disso, implantações de escâneres nos portos, fronteiras e aeroportos viraram lei, dando maior tranquilidade e conformidade aos processos, garantindo também um controle muito mais seguro dos transportes de mercadorias, pessoas e veículos. Inclui-se nesse ponto, uma conexão maior entre as aduanas dos países do remetente e destinatário, que signatários a OMC, podem criar mecanismos de conexão e intercâmbio de informações que facilitem o controle dos processos, sem prejudicar o desempenho das operações em tempo e custo. O resumo desse conteúdo se traduz no Acordo de Facilitação Comercial.

Coronavírus e a falta de segurança
Mesmo com todos esses controles, o que não se previa é que ainda assim houvesse um ataque global causado por uma pandemia. Todas as práticas de controle e segurança, por mais avançadas que sejam, não controlam o que é invisível, no caso um vírus. Bill Gates em 2015 num discurso a TED já dizia que a terceira guerra mundial não seria com armas, mas com microrganismos. E foi o que ocorreu.
Com o fenômeno da globalização e o intercâmbio de pessoas por todo o planeta, rapidamente um vírus que começou na China se espalhou por todo território nacional, quebrando todos os controles de segurança criados pós 11 de setembro.

Projeções do que está por vir
Com esse novo acontecimento, o que deve acontecer é semelhante ao pós 11 de setembro. Criação de órgãos e instituições de pesquisa e desenvolvimento de soluções para combate a vírus, criação de instrumentos de medição, controle e combate a vírus e transmissões em massa, vacinas e remédios de controle, alimentação que torne o ser humano mais resistente e controles de organização social que sejam mais rápidos e eficientes em caso de novo acontecimento. Sem falar na transformação das empresas que deixam de operar 100% off-line para migrarem em ambientes parcialmente ou integralmente online. Dessa forma, o que está por vir e está para ser criado deve transformar a sociedade e os controles de fluxo de pessoas de tal forma ao ocorrido no início do século.
Oportunidade para quem pode criar soluções que ajudem aos controles, sejam através de serviços ou produtos.

Créditos da foto: Euronews.com

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