A palavra petróleo vem do latim petra (pedra) e oleum (óleo), com o sentido literal de um “óleo que nasce da pedra”. No século XVIII o petróleo começou a ser utilizado comercialmente. No início, ele foi útil na iluminação, na forma de querosene utilizado nas lâmpadas que permitiam à população, tanto das cidades como do campo, dormir mais tarde, podendo ainda exercer funções que antes não podiam ser realizadas após o anoitecer, como ler e escrever, por exemplo.
Com a invenção dos motores movidos a gasolina e diesel, o petróleo começou a adquirir mais importância e a busca por ele se tornou maior. O homem que deu início à perfuração de poços de petróleo foi Edwin L. Drake, seguido logo depois por entusiastas americanos e europeus. Mas foi com John D. Rockefeller que o mundo iniciou sua grande dependência do material.
Desde então, guerras e disputas por território são geradas ano após ano em busca de mais e mais petróleo. Os EUA sempre a frente, lideraram um movimento para criar uma organização que viria regular o setor, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) ou OPEC, em inglês.
Hoje, além do combustível, o petróleo é uma das matérias-primas mais importantes da civilização moderna. É utilizado como fonte de energia e seus derivados são transformados em plástico, borracha sintética, tintas, corantes, adesivos, solventes, detergentes, explosivos, produtos farmacêuticos e de cosmética, entre outras muitas aplicações.
A dependência do petróleo para o mundo árabe, assim como de países como os EUA, Japão e a Inglaterra é tão grande que qualquer alarde ou descoberta de novas fontes geram especulações globais.
Não a toa, países menos desenvolvidos sofrem muito com as variações dos preços do barril ao longo dos períodos de alta e baixa. No Brasil não seria diferente. O que estamos vivendo é justamente a falta de boas políticas internas de controle e gestão de nossa maior empresa, a Petrobrás, aliada com a instabilidade do mercado externo sobre o mesmo assunto.
Notadamente, o que vimos nos últimos dias foi um completo caos nos preços dos combustíveis aqui no Brasil, que praticamente foi o único tópico discutido sobre a alta do petróleo, esquecendo que o aumento deste item interfere diretamente sobre todas as outras coisas, e principalmente sobre o preço final de cada produto que chega as gôndolas para a população.
Mais uma vez discursos utópicos são colocados sobre a mesa, e em ano de eleição virarão discursos para ganhar votos. E nós nos perguntamos: até quando somente discursos?
Essa semana, com a saída do Ex-Presidente da Petrobrás e uma possível calmaria nas manifestações, o que se espera é uma menor instabilidade. E que assim seja.