É sabido por todos os brasileiros que ano após ano estamos nos tornando um pais de distribuição, ao invés de um país de produção. A participação do Brasil na produção mundial e nas exportações de produtos manufaturados só confirmam esse dado.
Em dez anos, a participação do Brasil caiu tanto na produção como nas exportações mundiais. Entre 2005 e 2015, nossas exportações de produtos manufaturados no total mundial diminuiu 0,24 ponto percentual, agora totalizando representação global de 0,58%. E
Apenas para um efeito comparativo, nesse mesmo período os chineses aumentaram sua participação no mesmo quesito em 8,83 pontos percentuais e, a da Coreia do Sul, cresceu 0,55 ponto percentual.
Essas informações são parte do estudo Desempenho da Indústria no Mundo, feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em estatísticas da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Outro dado negativo é a produção que não dá exclusividade a exportação. De 2006 a 2016 nossa produção de manufaturados caiu 0,9 ponto percentual. Passou de 2,74% em 2006 para 1,84% em 2016. No mesmo tempo, a China cresceu 11,80 pontos percentuais e a da Coreia do Sul, 0,56 ponto percentual.
O estudo destaca ainda o agravamento em consonância com nossa crise de 2014, que ainda perdura e incomoda o setor industrial nacional.
É talvez incoerente comparar a China com o Brasil, mas se pegarmos como parâmetro o México, também ficamos atrás nos quesitos acima informados.
Resta-nos trabalhar para desburocratizar o ambiente de negócios brasileiro, e acima de tudo, criar estratégias de melhoria e desenvolvimento econômico, fortalecendo os parques industriais já existentes e atraindo novas indústrias e tecnologias.
A diretoria.