EUA OU CHINA: QUEM ESCOLHER?

A aproximação de Bolsonaro com os EUA desde que ganhou as eleições brasileiras tem preocupado certos mercados. Um deles e o principal, é a China. Será que uma demasiada aproximação poderia surtir algum efeito contra o Brasil?
Vamos lá: EUA e China vivem um dos piores momentos da história de relacionamento entre ambos. Nunca foram amigos, mas também nunca brigaram tanto comercialmente como agora. A guerra comercial tem agitado o mundo todo, e obviamente reflete na fragilizada economia brasileira.
Porém, o que devemos analisar é o quanto uma aproximação muito forte com os EUA poderia prejudicar a relação Brasil-China. Até porque, a China já soltou uma nota questionando os contatos entre ambos e dizendo que tem sido colocada de escanteio até aqui.
Devemos saber que a China é o maior parceiro econômico do Brasil da última década. Ao todo representa 18% do nosso mercado externo em 2018, 7% a mais que os americanos. Temos um super saldo na Balança Comercial com eles, ou seja, exportamos/vendemos muito mais que compramos/importamos. Ainda que haja a velha discussão entre exportar commodities e importar manufaturados, a relação tem sido super positiva para o Brasil, até mesmo porque além da conta Balança Comercial, investimentos de grandes companhias chinesas tem impulsionado certos setores econômicos, como a indústria das montadoras, de energia solar e outros segmentos.
Uma aproximação com os EUA pode frear esse avanço num momento que talvez o Brasil realmente deveria ser neutro. Com o crescimento das economias americana e chinesa, ambos poderiam favorecer o Brasil, principalmente porque está por vir um grande novo ciclo de commodities, e como ambos são consumidores brasileiros, ambos poderia impulsionar nossa economia.
Além disso, com uma estabalização política, ambos podem ser investidores aqui.
Nem para um, nem para outro. A relação pacífica com ambos, sem exageros daqui e dalí ainda permitiria acessar tecnologias e compartilhar know-how, permitindo grandes ampliaçãoes em negócios estratégicos, como o militar e aeronáutico, já que com os avanços nos dois setores, grande parte dos mercados seriam movimentados nestas áreas.
Escolher um lado nunca foi o forte do Brasil, mas dessa vez, parece obrigatório não tomar partido.

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