O QUE ESPERAR DO FUTURO MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES?

Que viria um nome especializado para esta pasta, todos já sabiam. Que seria um diplomata com forte interesse e participação junto ao mercado norte-americano, isso também já era de se esperar. O que poucos sabem e o que mais devemos analisar, são as condutas do novo Ministro do MRE.
Ernesto Araújo é um diplomata brasileiro com 29 anos de experiência. Atualmente é diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Ministério das Relações Exteriores. Já atuou nas embaixadas do Brasil em Washington (EUA) e Ottawa (Canadá).
Em sua primeira fala, e também de modo digital – como tem sido o modelo do novo governo, escreveu que “Na nova política externa, vamos negociar bons acordos comerciais, atrair investimentos e tecnologia. Não se preocupem. O Brasil terá os pés no chão […] mas terá a cabeça erguida!”. Também disse que fará um exame minucioso na política externa praticada nos últimos anos pelo PT.
É um crítico ao modelo do governo PTista, portanto, devemos esperar rompimentos de acordos feitos pelos governos do PT nos últimos anos, mas em contrapartida, a criação e fortalecimento de novos acordos. O estreitamento com os EUA deve ser o principal objetivo, e aí vem um perigo: entrar em conflito com os chineses.
No ano passado Araújo escreveu um artigo sobre Trump em que elogia a postura do presidente americano, atrelando a ele a ideia de um presidente que tem resgatado o histórico e poderio ao Ocidente.
O objetivo do MRE não é fácil, desconstruir o viés ideológico adquirido nos últimos anos, diminuir a influência do MERCOSUL em nossa economia e de cara, auxiliar na resolução de 2 grandes problemas: a Venezuela e a imigração de seu povo no norte brasileiro; bem como o programa Mais Médicos e o rompimento do acordo com Cuba.
O que se espera é que o MRE tenha seu papel de importância no novo governo, assumindo a função de representar o país nas suas relações diplomáticas. Angariar investimentos, levar e trazer negócios para o nosso país também são objetivos.
Nos últimos anos a pasta tem servido de cabide político, e principalmente nos últimos 2, perdeu completamente o status que precisa ter, justamente com a nomeação de políticos para o cargo ao invés de diplomatas especializados.
A tarefa não será fácil. O fato de termos agora um Ministro especialista deverá ajudar. O objetivo de eliminar a tal ideologia de esquerda, como Araújo tem chamado e resumido os últimos anos do MRE, não pode se confundir com a implementação de uma ideologia de direita. A balança é mais que necessária para não acabarmos exagerando na dosagem.

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