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A matéria do Estadão desta segunda mostrou “Donald Trump reafirmou que acordo comercial preliminar de Washington com a China permanece em vigor. Com a declaração, as Bolsas da Ásia fecharam em alta generalizada nesta terça-feira (23/06).” Mas por que será que a um conflito entre os dois, sem armas, apenas em discussões políticas afeta tanto o mundo?
China
O país mais populoso do mundo, com quase ¼ da população da Terra, é também a segunda maior economia do mundo, perdendo somente para os EUA. Inclusive, estudos apontam que antes de 2030, o país deverá assumir o topo.
Atualmente, a China tem investimentos diretos em mais de 180 países no mundo, até mesmo em regiões desenvolvidas como a Europa e o próprio Estados Unidos.
É também um desenvolvedor de tecnologias, liderando a corrida global do 5G, de energias sustentáveis e também de infraestrutura logística.
É o principal parceiro comercial de boa parte do mundo, inclusive do Brasil, tendo movimento comercial maior do que a Europa inteira, maior que o Mercosul e maior que os EUA. Além disso, a população chinesa que se enriqueceu nos últimos anos, é também agora um motor no turismo global, assim como nas colônias e intercâmbios.
EUA
A maior potência do mundo desde o século XIX, é também o país que domina o idioma e a moeda global: inglês e dólar. É disparado o país com maior mercado de investimentos em ações. Também é um player global, com acordos comerciais espalhados pelo mundo, que unem além do comércio de mercadorias, o comércio de intangíveis como transferência de tecnologias, royalties, e direitos autorais.
Também é um influenciador político a nível global, tendo liderado ações militares em diversos países, assim como lidera o movimento capitalista no globo.
É sempre uma figura importante no movimento dos investimentos externos e dos acordos econômicos. Está conectado com 99% dos países do globo, exceção apenas aos países que possui conflito político como Coréia do Norte e Venezuela, mas mesmo assim, possui certa relação comercial.
Do conflito
O que faz com que o mundo sofra com o conflito das duas maiores potências do mundo é exatamente o fato em comum entre os dois: a participação nas economias de modo globalizado.
Quando os países entram em conflito, a insegurança por um agravamento no âmbito militar eleva o risco, fazendo com que os investimentos migrem para mercados mais seguros.
Quando o dinheiro sai de países risco médio ou alto, automaticamente migram para a minoria dos países do globo. Além disso, um agravamento do conflito impede o aumento e a concretização de acordos comercias e de investimentos das duas nações com seus aliados, reduzindo o crescimento das economias dependentes.
Fora isso, o comércio entre ambos é de USD 1 trilhão de dólares e movimenta outras economias de modo indireto, já que para um produto ser trocado entre ambos, muitas vezes depende de partes e insumos de outros. Uma redução nesse mercado provoca um efeito cascata.
Fosse isso suficiente, ambas as economias tem relação direta com seus países vizinhos, gerando dependência. Hoje, uma queda na economia americana afetaria diretamente o NAFTA, a América Latina e diversos países da Europa, por exemplo.
No caso da China, além do sudeste asiático, a própria América, Europa, Oriente Médio e boa parte da África viriam suas economias reduzir.
É o que está ocorrendo agora. Com a pandemia, ambas economias reduzirão seu tamanho ou deixarão de crescer. O mundo acompanhará esse movimento, até com efeitos maiores.
A conexão dos países com o mundo é de vital importância, mais do que nunca nesse momento, para trazer de volta o crescimento da economia mundial.
Créditos da foto: Gazeta do Povo
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