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De próximo a 5,50 há 30 dias atrás, agora próximo a 5,10, com expectativas de baixa. O que fez o dólar baixar tanto? 3 fatores chamam a atenção.
Do Covid
O COVID fez o dólar disparar no Brasil. Se pegarmos o relatório FOCUS do final de 2019, a expectativa era que o dólar fecharia 2020 em 4,10.
O problema é que ninguém esperava a pandemia e com ela, uma série de situações novas no mercado, como o agravamento da crise dos EUA com a China, a parada dos mercados, a pausa na política de austeridade fiscal do governo, entre tantos outros fatores que se desencadearam com o efeito COVID-19. Fato é o que o mesmo FOCUS tem revisado para baixo o fechamento de 2020 e já trabalha com 5,22, tendo chegado há pouco tempo a cogitar 5,45.
Fora isso, o governo brasileiro trabalhou com uma política de câmbio flutuante, tendo o Banco Central deixado o câmbio seguir o fluxo de mercado, sem muitos esforços, diferente do realizado por alguns países pares. Isso jogou o dólar para cima, tendo alcançado em alguns momentos, patamares próximos a 6 reais por dólar.
Com a vacina em andamento e países iniciando a vacinação em massa, o mercado começa a reagir positivamente, dando sinais de melhora e consequentemente forçando o dólar para baixo.
Da eleição americana e cenário internacional
Um outro fator que notadamente foi destaque para essa baixa, com certeza se chama Biden.
A vitória do novo presidente americano trouxe alívio aos mercados, e por ser a economia mais poderosa do mundo, uma certa tranquilidade nos investidores que viam em Trump, uma pessoa instável politicamente para comandar os EUA por mais uma gestão. Biden ganhou a eleição com um forte discurso de injeção de capital na economia, de maior entendimento com a China e principalmente de maiores cuidados com a economia e população frente ao Covid-19.
O mercado reagiu muito bem a esse sinal e tem feito a diferença para o recuo do dólar aqui no Brasil, já que com os democratas, é comum que economias emergentes cresçam mais do que o normal.
Da política nacional
Aqui no Brasil o governo reagiu bem a pandemia no que diz respeito ao crédito para o mercado. Não o fez da mesma forma no cuidado com a saúde, mas de certa forma, o dinheiro continuou circulando no mercado e o resultado é que a retomada da economia tem agradado o setor privado. A falta de matéria prima, já comentada aqui no Blog, também demonstra isso. Sinal de que as empresas estão trabalhando bastante.
O que poderia puxar ainda mais o dólar para baixo seriam as Reformas prometidas e praticamente abandonas pelo governo: administrativa e tributária.
A parte ruim é que não devem sair do papel, ao menos até a eleição dos presidentes do Senado e Câmara, previstas para fevereiro.
Não fosse isso, poderíamos ver um recuo ainda mais forte do câmbio.
Créditos da foto: Yahoo Finanças
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