Vem aí mais um grande desafio para o Brasil: fazer do ano de 2018 um ano recorde para as operações de comércio exterior do país. E na ponta das tomadas de decisão das empresas importadoras e exportadoras, assim como nos bancos, corretoras, seguradoras, nas empresas de transporte, na aduana e nas diversas áreas que tangenciam o comércio exterior, estão os profissionais da área de comércio exterior.
Se falássemos na década de 80 que existiriam profissionais sendo formados na academia com a função específica de comércio exterior e negócios internacionais, talvez muitos achariam loucura, ou algo como hoje vemos em relação aos profissionais de mídias sociais e youtubers, popularmente chamadas de profissões de tendências.
30 anos depois e a profissão de comércio exterior se solidifica dia após dia. Quebra paradigmas, atravessa barreiras e rompe com as dificuldades que cercam o mundo do comércio internacional.
Passado estes 30 anos, ainda é comum vermos em empresas, profissionais trabalhando sem a expertise e a bagagem acadêmica exercendo a função de um profissional de comércio exterior. Muitas vezes porque este profissional fala outros idiomas, ou mesmo porque ampliam o setor de compras e vendas dando ao profissional ali instalado, mais esta atribuição. Mal sabem alguns gestores, que para estar nestas cadeiras, profissionais estão em plena formação nas universidades do país, formando-se graduados, tecnólogos ou especialistas em comércio internacional.
Não há demérito no colaborador que exerce a função sem formação, mas precisamos atualizar isso. Assim como contadores, dentistas, médicos, advogados e outros profissionais precisam ser específicos para atuar com sua área, nós também precisamos focar mais nisso, afinal de contas, estudamos para isso e somos o profissional ideal para exercer tal função.
Um bom profissional de comércio exterior deve ser aquele cara que não desiste nunca, disposto a acordar dia após dia para lidar com a dificuldade e encarar de peito aberto as mudanças diárias e surpresas que os órgãos públicos nos pregam. Deve estar aberto a compreender a cultura diferente. Deve estar antenado com o cenário global de economia e política. Deve estar preparado para pegar as malas e rodar o mundo, assim como estar preparado para pegar a mochila e ir ao Porto checar o que está acontecendo com a carga.
Este mesmo profissional deve estar apto e antenado com as novas tendências, com o comércio exterior de serviços, aos novos processos globais, as transformações econômicas e a lidar com o caos e o sucesso na mesma manhã.
E faz parte da área de trabalho de um profissional destes ser um analista de comércio exterior de uma empresa, bem como ser o dono de sua própria empresa. Pode ser um operador do porto, assim como pode ser o dono do afretador do navio. Pode ser o Ministro do Desenvolvimento, como pode ser o conferente do Porto Seco. O analista de câmbio do banco, assim como o trader que percorre o mundo para comprar e vender.
É esse profissional especial e mágico que em 2018 terá mais uma vez a dificílima missão de fazer o Brasil andar para frente, exportando e importando da melhor forma, com o melhor custo e o mais rápido possível. É esse cara que responderá no final do ano, pelo sucesso ou fracasso da bandeira nacional no disputado comércio internacional. E o bom profissional fará acontecer.
A diretoria.