As bolsas mundiais estão relativamente aliviadas, mas ainda de olho nas tensões comerciais que tanto abalaram os mercados nas últimas sessões. Estados Unidos e China iniciaram a última rodada de discussões comerciais com uma ligação telefônica envolvendo o Secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He.
As três autoridades discutiram compras de produtos agrícolas pela China e mudanças em políticas econômicas chinesas, durante a ligação, segundo o Wall Street Journal, o que trouxe otimismo aos investidores internacionais.
Entre as moedas, a libra se fortalece após a moeda britânica despencar na véspera da votação que daria saída definitiva do Reino Unido junto a União Europeia. Porém, a premiê May adiou a votação sobre Brexit.
Já o petróleo oscila após despencar 3,1% na véspera da votação, com dúvidas sobre como a Opep implementará seus cortes e receios sobre alta da oferta nos EUA.
No Brasil o mercado deverá seguir a tendência internacional. Houve ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 55 milhões, elevando o saldo positivo de dezembro para R$ 1,7 bilhão. No ano, o déficit diminuiu para R$ 7,8 bilhões.
A cessão onerosa volta a entrar no radar dos mercados. De acordo com o Estadão, o governo quer marcar para meados de junho de 2019 a data do megaleilão de petróleo na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), colegiado de ministros liderado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A reunião do CNPE está marcada para o dia 17 deste mês.
Enquanto isso, a equipe econômica do futuro governo espera que o TCU (Tribunal de Contas da União) garanta o leilão da cessão onerosa mesmo que o projeto de lei sobre o tema não avance no Congresso.
Já o Valor informa que o Ministério da Fazenda atual sugeriu à equipe de Bolsonaro que o ajuste exigirá aumento de imposto, na contramão do discurso do presidente eleito.
O mercado não para, e com ele, todas as incertezas que ainda nos rodeiam.