Conforme divulgado pelo Ministério do Planejamento a Reuters nesta semana, os investimentos chineses confirmados no Brasil no primeiro semestre saltaram mais de quatro vezes em relação ao mesmo período do ano passado.
O valor é altamente interessante e atingiu a cifra de 1,343 bilhão de dólares. Apenas para comparação, no mesmo período de 2017, os investimentos confirmados haviam somado 302,9 milhões de dólares.
Sobre a performance no terceiro bimestre de 2018, foram anunciados três projetos de investimento chinês no país:
1. Atualização das instalações das usinas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, em São Paulo, pela empresa China Three Gorges (CTG);
2. Compra da empresa encarregada pela manutenção do sistema paulista produtor de água São Lourenço pela CGGC (China Gezhouba Group Company Limited);
3. Oferta vencedora da CPFL Geração de Energia, controlada pela chinesa State Grid, do lote 9 do leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Apenas o investimento da CPFL Geração, no valor de 2,02 milhões de dólares, foi confirmado. O investimento da CTG foi anunciado em 198,87 milhões de dólares e o da CGGC foi anunciado sem valores, disse o Planejamento.
De 2003 até junho desde ano, foram 161 investimentos chineses anunciados no Brasil e 102 confirmados, envolvendo 71,5 bilhões de dólares e 53,9 bilhões de dólares, respectivamente.
Além de maior parceiro comercial do Brasil, com superávit econômico, ou seja, exportamos mais do que importamos dos chineses, a China também tem sido o maior investidor no Brasil desde a última década.
A importância deste mercado pode ainda aumentar mais, caso os planos de proteção dos EUA contra os chineses se intensifique, já que com a falta do mercado norte-americano, mais proximidade com o mercado brasileiro pode ocorrer nos ideais políticos chineses.