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Há bastante tempo os profissionais de comércio exterior se perguntam porque pagamos tanto pelas armazenagens nos terminais de Santos, ou, por que as empresas não melhorar seus serviços, desenvolvem seus terminais. Pois bem, paralelo a estas discussões, o que vemos são concessões realizadas ad eternum, ou seja, os mesmos terminais portuários que ganharam concessão há um bom tempo, continuam lá no Porto, e pior, conseguem renovações das concessões por anos e anos.
Perguntamos também porque custa tão caro o transporte até Santos, e de Santos para o interior. Por que não usamos soluções mais baratas como as ferrovias, ou outros meios como a cabotagem para outros estados?
Todos estes questionamentos não fecham quando ouvimos o poder público tentando justificar as coisas.
Mas parece que essa escuridão começou a ficar mais clara com a delação da JBS. Pra quem achava que a Odebrecht tinha a delação bomba, mal sabia o que vinha com a JBS.
Não foi diferente desta vez, se na Oderbrecht ficamos sabendo o quanto o setor privado influenciava as leis, na JBS vimos uma interferência tão direta quanto, só confirmando o que já suspeitávamos. O Presidente Michel Temer e seu fiel amigo Dep. Rocha Loures foram flagrados conversando sobre um Decreto que privilegiou a Rodrimar em uma postergação da concessão de sua área no Porto de Santos. Loures aparece nitidamente agindo em favor do terminal, questionando inclusive o status diretamente ao Presidente da República.
Não é de se duvidar desta influência, afinal de contas, muito dinheiro está envolvido nestas concessões e se não fosse os recém chegados BTP e Embraport, o Porto ainda continuaria na mãos das mesmas empresas de 30 anos atrás.
É esperar para ver os próximos capítulos de mais um escândalo de corrupção envolvendo mais uma vez a área de comércio exterior, e agora, envolvendo também o principal local do comércio exterior brasileiro, o Porto de Santos.

A diretoria.

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