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Definida a eleição presidencial de 2018, o candidato eleito Jair Bolsonaro já comentou sobre sua política externa.
A bem da verdade é que infelizmente o tema externo não é ponto de captação de votos, portanto, passa despercebido pelos planos de governo e discursos. Quando comentado, sempre são vagos e distantes da realidade.
Desta vez, em entrevista para a Record (TV), o presidente eleito manteve seu discurso de campanha: menos poder de fogo ao MERCOSUL e mais abertura aos demais países, a começar pelos EUA.
Logo no primeiro dia como eleito, repercutiu bastante pela mídia o contato do presidente Trump com o nosso presidente. No diálogo, de modo resumido, uma abertura comercial maior para ambos é o que deve ocorrer. Bolsonaro deve inclusive visitar os EUA ainda esse ano, para tratar da questão econômica, bem como, investimentos e segurança/exército.
Neste item, o que precisamos estar atentos são nos pontos de convergência entre as economias. Anos atrás o Brasil tinha enorme dificuldade na relação comercial, que basicamente beneficiava somente o lado americano. Desta vez, a abertura e maior relação deve ser pautada em benefícios mútuos.
Sobre a ótica abertura com outros países, é preciso destravar o acordo MERCOSUL & União Européia. Se os planos de governo prometidos por Paulo Guedes (Ministro da Economia) forem colocados em prática, há grandes chances de avançar no modelo e na sua implementação, já que haverão destravamentos em regulamentações, solicitadas para conclusão do acordo, bem como maior isenção do MERCOSUL na tomada de decisão final.
Sobre MERCOSUL, inclusive, já foi dito em campanha e reforçado na entrevista de Bolsonaro a Record, que o bloco perderá o atual tamanho de importância para o Brasil, inclusive com a solicitação do presidente eleito, de que a Venezuela deixe o bloco.
Com os presidentes argentino e brasileiro sendo de direita, há enorme possibilidade de um liberalismo maior ante ao agrupamento ideológico que estava em vigor. Isso pode ser importante, desde que o bloco, assim como a Aliança Latina, não sejam colocados de escanteio. Até porque, boa parte dos países latinos são excelentes parceiros econômicos do Brasil e de nossa indústria de manufaturados. Logo, ao invés de deixar solto, uma aproximação maior seria o ideal, sem levar em consideração a ideologia, antes implementada.
Diante desses fatos, e com possibilidade de uma estabilização econômica no próximo ano, devemos ainda ter um câmbio com menor flutuação do que vínhamos sentindo ao longo do ano. Ocorrendo tudo isso, e com o mercado internacional reagindo bem (commodities voltando a se valorizar e economias voltando a crescer), podemos ter um grande governo. Só depende do Presidente e de sua boa estratégia junto ao time que comporá seu mandato.

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