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(Tempo para leitura: 4 minutos)
No último sábado, “Joe” Biden Jr. se tornou o novo presidente da maior economia do planeta. Isso todo mundo sabe. Mas o que isso afeta o Brasil, é o que vamos discutir neste artigo.

Do ponto de vista econômico
Muito tem se falado que o futuro presidente americano é de esquerda, e que todos os avanços econômicos com o Brasil conquistados por Trump e Bolsonaro serão perdidos. Felizmente isso é somente uma falácia. O fato é que o Brasil e os EUA perderam muitos negócios nos últimos anos, mesmo com a “boa vontade” dos Presidentes.
A economia americana se fechou muito nos últimos 4 anos e por diversas vezes impôs sanções contra o Brasil em suas exportações.
O maior avanço nestes 4 anos foi o recém fechado acordo bilateral, mas que por hora não mostrará muitos efeitos, tão pouco deverá ser desfeito pelo novo eleito.
Ainda por este viés, cabe salientar que o governo americano deve favorecer indiretamente o Brasil com algumas medidas. Uma delas é que por ser menos protecionista, o partido democrata normalmente favorece as economias emergentes com a liberalização comercial. Reflexo disso é que as commodities foram destaque nos anos em que Obama esteve no poder. Além disso, nestes mesmos anos houve crescimento nas economias que estão atreladas ao crescimento do Brasil: China, Argentina, Índia, etc. Quando estas economias crescem, o Brasil cresce.

Da ponto de vista político
O relacionamento EUA e Brasil deve sofrer alguns impactos políticos em caráter ambiental. Adepto a uma política altamente sustentável e com geração de renda a partir disso, Biden retornará ao Acordo de Paris e consequentemente irá somar forças com as economias europeus que criticam o Brasil nas questões ambientais.
Esse inclusive é o maior gargalo do Brasil em relação ao mundo. Provar que estão sendo tomadas medidas de controle aos desmatamentos, bem como organizar a política socioambiental.
Fora isso, deve forçar o Brasil a retomar sua identidade política: a de ser um país neutro em discussões globais, sempre bem relacionado com o mundo e não tomando partido.

Da relação com Bolsonaro
Este talvez seja o principal viés de problema para o Brasil. Bolsonaro terá dois caminhos face ao resultado das eleições dos EUA: mudar sua estratégia política e tentar evitar o ocorrido na América; manter sua postura acreditando no seu eleitorado fiel.
Fato é que o presidente perde muita força com sua derrota e já começou há alguns dias a discutir sua candidatura de 2022 e suas práticas desde já.
A eleição abre uma enorme oportunidade para partidos de centro no Brasil, que devem tentar trilhar o mesmo caminho seguido por Biden.
Além disso, está muito claro que Bolsonaro não terá o mesmo tipo de relacionamento que vinha tendo com Trump, principalmente no que tange aos posicionamentos em relação a China e coronavírus.

Créditos da foto: Diário do Nordeste

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