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A PWC, importante referência quando o assunto é economia global, publicou recentemente um estudo sobre o mundo em 2050. De cara uma informação relevante: a economia mundial poderá mais do que dobrar de tamanho até 2050, superando em muito o crescimento populacional, devido às contínuas melhorias de produtividade impulsionadas pela tecnologia.
Isso é um ótimo sinal, mas devemos estar atentos aos demais dados. Os mercados emergentes (E7) poderão crescer duas vezes mais rápido que as economias avançadas (G7), em média. Como resultado, seis das sete maiores economias do mundo em 2050 são atualmente consideradas emergentes, e estarão no topo: China (1ª), Índia (2ª) e Indonésia (4ª). Os EUA poderão cair para o terceiro lugar no ranking mundial do PIB, enquanto a parcela do PIB mundial da UE27 poderá cair abaixo de 10% até 2050.
O Reino Unido pode ficar em 10º lugar até 2050, a França entre os 10 primeiros e a Itália entre os 20 maiores, à medida que são ultrapassados por economias emergentes de crescimento mais rápido, como México, Turquia e Vietnã, respectivamente. Mas as economias emergentes precisam melhorar suas instituições e sua infraestrutura de maneira significativa se quiserem realizar seu potencial de crescimento a longo prazo.
Com crescimentos médios de 4 a 5%, Vietnã, Filipinas e Nigéria serão destaques em crescimento. O Brasil será fatalmente a 5ª economia, se não maior, pois com a expectativa de crescimento populacional de China e India, 2 bilhões de pessoas cada, somadas aos crescimentos de EUA, Indonésia, Nigéria, Paquistão, México e outros países, a comida pode se tornar escassa, o que propiciará um ganho de competitividade ainda maior para a agricultura brasileira, já considerada celeiro do mundo.
Mas para que tudo isso aconteça, algumas ações serão fundamentais:
1. Evitar um retorno ao protecionismo, o que a história sugere que seria ruim para o crescimento global a longo prazo;
2. Garantir que os benefícios potenciais da globalização sejam compartilhados de forma mais igualitária na sociedade;
3. Desenvolver novas tecnologias verdes para garantir que o crescimento global de longo prazo seja ambientalmente sustentável.
À medida que os mercados emergentes amadurecem, eles se tornarão menos atraentes como bases de produção de baixo custo, mas mais atraentes como mercados de consumo e business-to-business (B2B). Mas as empresas internacionais precisam de estratégias que sejam flexíveis o suficiente para se adaptarem às preferências dos clientes locais e à rápida evolução da dinâmica do mercado local. Como os mercados emergentes podem ser voláteis, os investidores internacionais também precisam ter paciência suficiente para superar os ciclos econômicos e políticos de curto prazo nesses países.

A diretoria.

Traduzido e adaptado do artigo The World in 2050, PWC.

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